SPFW 2016/17 - Parte I

Lais Neves
26 de out. de 2016
3 min de leitura

Oi amores, como vocês estão?

Como mencionei para vocês no post de apresentação, (se você perdeu clique AQUI para conferir) a semana de moda de São Paulo teve incio domingo (23/10) então já colocamos a mão na massa e preparamos o primeiro resumos com os primeiros desfiles. Hoje teremos um pouco de Animale, Reinaldo Lourenço, Patrícia Vieira e Lab (a tão aguardada marca do Emicida).

Animale

A marca está de volta ao rol dos desfiles e foi a primeira a desfilar, abrindo a edição. A marca que comemora 25 anos tem como estilista principal Vitorino Campos e quem acompanha a marca consegue ver a evolução do estilista que cada vez consegue equilibrar de forma bela o sensual com um toque de juventude e modernidade. Os Hamptons foram inspiração ... pescaria, jardins. Peças com modelagens mais ampla – camisaria – cavas superabertas em tules de babados, tricôs detonados, jeans, assimetria. Mas também trás um outro lado, mas “comportado” visto em florais, bordados e ilhós formando lindas amarrações.

Reinaldo Lourenço

A coleção batizada de Skal, brinde deles, tim-tim. E é, de fato, uma coleção bem invernal com direito a trenchs, jacquard, couro, looks bem fechados no geral fora os momentos de festa. Ela começa com alfaiataria listrada impecável; vai pra sobreposições de vestidos tomara-que-caia ou sem manga com tricô de gola alta e manga comprida por baixo; se avoluma no onoraque bicolor com saia de fenda assimétrica, infla na manga bufante das blusas (a estampa folk ganha terreno aqui), vazados, laços, paetês, transparências, geometria, veludo e um folk contemporâneo. Roupas tanto para o dia quanto à noite, pra mulheres extrachics, charmosas.

Patricia Vieira

Em esquema see-now buy-now (aliás, Patricia já vende assim há algumas temporadas), ela apresenta peças desse lugar que desmonta tudo o que a gente imagina de uma ilha no meio do Oceano Pacífico. Por exemplo: ela tem uma cara menos tropical do que você imagina. “Eles têm um barato com pedra e ferro. Louco, né?”, Patricia explica. A convivência diária com vulcão não deve ser algo facilmente superado… E é por isso que a coleção não é tão colorida, com tons mais fechados. Também pinta muito detalhe de metal (ilhós, tacha) pra remeter ao céu cheio de estrelas – a Páscoa é a ilha mais distante do continente do mundo inteiro, com um tempo de viagem de 6 horas de avião da terra firme mais próxima (Chile), e assim que o céu fica tão ofuscante à noite, já que a única luz que compete é pouca, da própria ilha.

E no lugar de colocar os Moais, aquelas estátuas giga que são símbolos da ilha, de maneira figurativa e clichê, Patrícia opta por homenageá-los nos metalizadíssimos, como se eles fossem a realeza: “Você fica chocado com o tamanho, e é impressionante o respeito que os moradores têm pelas imagens”. Outros padrões interessantes são os caminhos em zigue-zague vistos de cima – a estilista conta que não existe trilha reta por lá, e quando ela perguntou o porquê, responderam: “Pra você olhar pros lados”. Nem tudo são profundezas espirituais ou escuridões: existe também muita sensualidade em alcinha, barriga de fora, biquíni urbano. E pros fashionistas de 1ª viagem: é tudo couro, viu? Inclusive o que você acha que não é. De encher os olhos.

Lab

Muito se falou e vai se falar sobre a Lab, esse desdobramento do Laboratório Fantasma pelas mãos de Evandro Fióti e Emicida com a ajuda de João Pimenta que foi parar no SPFW. Os looks, streetwear que mistura o Japão e a África com um sabor bem brasileiro, já estão disponíveis pra compra online. Releitura de estampas como a samacaca angolana que Emicida adora, de quimonos de samurai que vão parar nas mulheres, de clássicos do street no geral como o moletom com capuz usado com saia plissada longa, tudo já pensado para ser usado já.