PFW Primavera/Verão 17 - Parte I

Lais Neves
5 de out. de 2016
2 min de leitura

Oi amores, como vocês estão?

Paris, a última cidade do nosso circuito de moda e o mais longo. Todas as semanas consegui dividir em três postagens, contendo cada uma delas quatro desfiles, para a cidade luz será um pouco mais intenso, a divisão será feita em quatro postagens com quatro desfiles em cada um deles, ok?

Para dar início em grande estilo vamos falar sobre as coleções apresentadas por Saint Laurent, Choé, Balmain e Cristian Dior.

Saint Laurent

Desfile com uma forte referência aos anos 80, a coleção de primavera-verão 2017 tem muito volume nas mangas, assimetria, é bem enfeitada. A intenção é demonstrar uma garota que não tem medo de se divertir e nem de quebrar as regras, ousadia essa traduzida em couro, roupas justíssimas e curtas, tendo como ápice com um vestido que cobre só metade do tronco da modelo, quanta ousadia. Depois de tudo isso ainda tem transparência, ombreiras, renda, volumes diversos, estampa de onça, zíper e por ai vai. Outros elementos que também remetem aos anos 80 são o lamê dourado e a logo nos sapatos e brincos com as iniciais “YSL”.

Chloé

Um novo navy, elementos típicos do universo do marinheiro e do pescador, mas combinados com detalhes românticos e toques andróginos. Mas sem perder o famoso toque Chloé, que aparece nos tons leves de rosa, nas modelagens amplas, um evasê quase godê ... Fola marinheiro, cordas, calça com abotoamento que infla mais que ao mesmo tempo se ajusta aos tornozelos.

Balmain

A marca vem cheia de novidades, a primeira delas é que se trata da primeira coleção pós compra do grupo Mayhoola do Qatar, responsáveis também por Valentino. Ou seja, essa compra significa muito e tem a finalidade de fazer da marca um grande sucesso, que diga-se de passagem a marca já tem! Mas a coleção em si já trás um novo respiro. Um tecido que escorrega no corpo, a cintura extremamente marcada apareceu bem menos. O couro de cobra é um dos únicos momentos em que um look é totalmente estruturado, e mesmo assim sobra um bico de cada lado da saia. E ainda trazem de volta o vazado do tule para dar mais leveza. Transparência segue como um dos carros chefes da marca. Toques dos anos 80 como caftã e quimono.

Dior

Esgrima e feminismo, os dois elementos trazidos pela nova direção criativa da marca, inclusive primeira vez que uma mulher ocupa este cargo em uma das casas mais tradicionais de moda do mundo. E claro que uma mudança de estilo era esperada, e ela aconteceu, Maria tem mão firme no estilo e trouxe sem medo algum “seu” estilo, dizendo que gostaria de criar uma moda que combine com a mulher atual, acompanhando as mudanças necessárias que ocorreram com o passar do tempo, que é livre de categorias ou estereótipos. Tules, tomara que caia, alcinhas, transparência delicada, jaquetas, camisetas, sapatilhas, foi um desfile não só agradável aos olhos, mas também para o público e as críticas.